
Jonty Skrufff é DJ e produtor e toca um som electro-tech cool, sujo, safado e sexy, além de publicar o aclamado freak-zine underground Skfrufff-E (disponível semanalmente em seu blog http://skrufff.com).
Já viajou o mundo apresentando seus sets para 25 países, entre eles China, República Checa, Espanha, Japão, Croácia, Ucrânia e Inglaterra onde se consagrou como DJ. Seu estilo underground causa impacto não apenas pelo visual, em 2009, Jonty passou a se dedicar à produção de músicas, sendo elogiado por nomes como Chemical Brothers, Soulwax e a revista alemã Electronic Beats.
O DJ e produtor inglês dedica-se também ao seu site de comportamento, o Skrufff-E, no Amsterdam Dance Event é moderador e entrevistador e na Indonésia é consultor do Jakarta Music Event. A versatilidade de Jonty é percebida no set gravado para o deepbeep em que misturou faixas de diferentes épocas e gêneros como clássicos do Bauhaus, Gary Numan e Depeche Mode com Franz Ferdinand e A-ha.
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Fale sobre este mix, como o compôs?
Como inspiração, eu olhei as muitas, muitas faixas que eu amo e, em particular, selecionei aquelas que provocam memórias, emoções e me transportam de volta para as experiências que mais se destacam na minha vida. Tentei incluir uma variedade de faixas de diferentes épocas e gêneros misturando algumas faixas mais obscuras com outras eletrônicas e ainda clássicos da música pop para que os ouvintes possam reconhecer algumas faixas, enquanto apreciam as músicas que talvez nunca tenham ouvido antes.
Imaginei o público do deepbeep ouvindo este set presos no trânsito de São Paulo e espero que este mix possa transportá-los do engarrafamento para a música. Espero que todos gostem deste mix, escutem-no repetidamente e recomende aos seus amigos. E que depois venham me ver na próxima vez que eu tocar no Brasil em junho. E com seus amigos ;-) Apesar de eu não tocar muitas destas faixas, tocarei muito electro-techno novo.
Como surgiu o seu interesse por música?
Eu sempre amei música desde a minha infância e construí a minha vida ao seu redor, seja nos clubs, no trabalho, no amor, a música está praticamente ligada a tudo o que eu faço. Música me faz feliz. Quero compartilhar o meu entusiasmo com relação à música com outras pessoas e tornar isso mágico e é o que eu faço como jornalista, DJ e agora produtor.
Como está a cena eletrônica em Berlim?
Eu vivo em Berlim atualmente e não estou com tanta freqüência na Inglaterra embora eu tenha muitos contatos e acompanhe a cena de perto. Acredito que Londres abandonou o que teve de melhor e agora está seguindo o mesmo caminho que Nova Iorque tomou, perdendo sua força criativa e tornando-se um playground para os ricos. Berlim é, sem dúvida, a cidade mais criativa do mundo.
Eu recomendo a todos os brasileiros que venham à Europa para ficar em Berlim. Com certeza é um lugar economicamente em conta e mais emocionante além das ruas estarem repletas de pessoas alternativas e punks que de alguma forma estão achando uma forma alternativa e criativa de vida.
Londres é uma cidade cara e muito mais perigosa que Berlim, além de estar saturada de cocaína e da cultura de celebridades.
Qual é o momento ideal para ouvir este set?
Em um engarrafamento… no iPhone em um trem ou avião… antes de sair… a todo instante.
Quais são seus planos atuais e futuros?
Agora estou focado na produção (o meu mais novo remix de Dare & Ghost Machine Haste está recebendo elogios de Sasha, Laurent Garnier e DJ Pierre) e no verão tenho apresentações como DJ. Tenho datas marcadas para tocar em festivais na Bósnia , Suécia e Sérvia além de outras apresentações internacionais (a confirmar). Eu também estou animado em voltar ao Brasil em junho, para tocar no Club Vegas (SP) na festa Discology do Camilo Rocha no dia 5 de junho. Com outras datas a serem confirmadas.